terça-feira, 29 de novembro de 2011

Teoria da casualidade...

Quantas vezes ponderamos sobre os acontecimentos mundiais? Raramente. Damos aos jornalistas essa possibilidade. Temos muitos afazeres, entre os nossos empregos e os familiares a nosso cargo. E, quando temos tempo, lemos uns jornais ou vemos os telejornais, cujas notícias são chapa 5. Se fizerem um zapping pelos jornais das várias estações são confrontados com uma realidade inegável - com uma ou outra pequena variação, falam todos sobre o mesmo. Até algumas das imagens são "emprestadas".

Como eu gosto de ver notícias de outras fontes, tendo a sorte de dominar o inglês, tenho acesso ao que se passa por esse mundo fora, por uma perspectiva diferente. E não estou a falar da CNN ou da BBC. Verdadeiras alternativas que colocam os cabelinhos da Hillary Clinton em pé, quando disse que estão a perder a "guerra da informação". Há muitos canais de informação na internet que não dão as notícias do Estado Norte Americano tal qual elas são produzidas - pela máquina de propaganda do governo dos EUA - admitiu ela perante o Congresso Norte Americano. Queria mais uns 40 biliões de USD (perdoem-me se o montante está errado, mas é de memória que o digo) para poder "combater" esta Infowar.

Esta simples admissão da Secretária de Estado Norte Americana tem diversas implicações. Uma das principais é a de que é necessário o Estado Norte Americano ter a sua propaganda para contrariar TV's como a RT ou como a Al Jazeera. Nestas alturas sou sempre recordado de uma velha máxima que a mim me assiste: há sempre três verdades - a minha, a do outro e a... verdadeira!

Se há necessidade de propaganda para justificar as acções do Governo Norte Americano, será porque estas não são claras? Será porque não eram para ser conhecidas do público? Um ex-Governador do Minnesota, o Jesse Ventura, escreveu um livro intitulado "63 Documents the Government Doesn't Want You to Read", onde incluía 63 documentos tornados públicos ao abrigo da lei de liberdade de informação americana e alguns que foram publicados pela Wikileaks. De acordo com o ex-Governador, cerca de 16 milhões de documentos são classificados como secretos todos os anos, pelo Estado Norte Americano.

Será que tudo o que acontece... é por acaso? São meras coincidências?

Não li nem ouvi, nas notícias portuguesas, nada relacionado com o escândalo Climate Gate. Um hacker russo(?) colocou na internet uma série de e-mails sobre como os cientistas da IPCC, a autoridade mundial sobre o aquecimento global, andavam a alterar os dados e a fabricar os resultados. Com base nesses resultados pagamos cerca de 48% da nossa factura eléctrica em "subsídios" para as energias renováveis. Luvas será o termo correcto. Será que o governo português não está a par? Dou o benefício da dúvida em cerca de 0,00000001%, de que ninguém nos últimos governos soube do Climate Gate.

Todos os dias vemos atropelos aos direitos humanos. Meninas que queriam retirar aos pais porque estes queriam uma alternativa de cura para um cancro que o Estado não queria autorizar. Auto-stops nas estradas pela polícia para verificar se cumprimos as regras, invadindo a nossa privacidade e fazendo-nos chegar atrasados ao nosso destino. Vemos os "criadores" da nossa dívida soberana irem para Paris estudar filosofia enquanto nos retiram parte do nosso ordenado sem que possamos sequer reclamar. Não podemos manifestar o nosso desagrado, neste país de livre expressão, sem que a polícia nos caia em cima como autênticos vilãos. Vivemos numa casa comprada por nós, num terreno comprado por nós, mas se não pagarmos a contribuição autárquica, retiram-nos a casa.

Se tivermos uma dívida às Finanças, penhoram-nos tudo até que a dívida esteja saldada ou que não haja mais nada para penhorar. Num caso que testemunhei, penhoravam uma casa cuja dívida da hipoteca era superior ao valor comercial. Quando se perguntou porque motivo, disseram literalmente: "Enquanto tiver o que quer que seja, será tudo penhorado até saldar a dívida." Não querem saber. A cidadã que o disse não tem consciência que amanhã poderá estar numa situação semelhante. Sem ser por culpa dela. Que era o caso da pessoa envolvida.

As coisas não acontecem por acaso. Há um motivo. Ou vários. O estado das coisas é propositado. Serão demasiadas coincidências. Ver os causadores das crises, os políticos e grupos financeiros, continuarem as suas vidas com as reformas pagas por nós, enquanto nos tiram as casas e os nossos bens. Se não fosse por acaso, eles também seriam afectados. E não o são...

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