quinta-feira, 1 de setembro de 2011

George Carlin

Estava a ver alguns vídeos de um grande comediante americano, George Carlin, que morreu em 2009 se não estiver a ser traído pela memória.

Há alturas, no seu trabalho mais recente, que parece mais um crítico social do que um comediante. Um cínico, diria eu. Tal como eu, permitam-me a modéstia. Ou ausência dela...

Aquilo que me fez vir aqui escrever, algo que não fazia há algum tempo, foi uma das "piadas" dele. Sobre direitos. Aqueles que nós temos. Ou não temos.

Ele diz que nós só temos duas possibilidades: ou temos direitos infinitos, ou não temos nenhum. O que fará a Alemanha ter 29 direitos na constituição e a Suíça ter 6? Ou os americanos terem 10? God given rights - diz ele de forma jocosa. Direitos recebidos de Deus, para os mais desconhecedores da língua inglesa. Será Deus um mau aluno a matemática? Será Ele um ser infinitamente brincalhão ao atribuir direitos diferentes aos vários países? Qual terá sido o Seu critério? Notem que hoje apetece-me seguir as imposições linguísticas da Igreja ao colocar a letra maíscula nos pronomes divinos...

A resposta do cínico é que passa tudo por uma forma de controlo. Parece-me que ele tem razão. Como em muita coisa que ele escreveu/disse. Ao colocarmos direitos na constituição, estamos a limitar aquilo a que temos direito. Não deveria ser ao contrário? Colocarmos aquilo que não podemos fazer? E deixarmos a cada um a decisão moral dos nossos actos?

Isto leva-me a um problema social muito grave: a falta de civismo. A compreensão de respeito mútuo podería ser ensinado na escola. Aulas de civismo. Sem o aspecto moral, que só prejudicaria estas lições. A moral é algo que leva ao preconceito. Logo... evitável.

Porque considero a a falta de civismo como algo muito grave? Porque é a razão de todos os males que se perpetuam por esse mundo fora. Vejamos:

  • Uma pessoa cívica jamais roubaria outro;
  • Não mentiria;
  • Não mataria;
  • Não enganaria;
  • Não condenaria outros por terem uma opinião diferente;
  • Não abusaria da boa vontade alheia;
  • Não olharia para o lucro como o principal motivo de interacção com outros.
Acho que acabei de descrever os políticos...

Deixo-vos com um link do vídeo onde poderão visualizar este Homem, que apesar de ser ateu, tentou trazer algumas lições verdadeiramente divinas!


Nota: A tradução não é a melhor mas foi o que consegui encontrar...

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